segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O amor pelo Futebol

Aos 18 anos estava de malas prontas para morar com uma tia em Florianópolis.Na noite anterior a viagem, só chorei nem dormi, de manhã tiveram que achar minha cômoda, minha cama e minha bicicleta preta de cestinhas no meio da mudança, porque estava decidida a permanecer na casa de mamãe...Por falar na bicicleta preta de cestinhas, ela foi vítima de atropelamento meses depois.Acompanhava uma colega meio obesa, e num determinado dia de pedaladas, a vi cair, mas assim do nada, espatifar-se no chão, prontamente larguei minha bicicleta preta de cestinhas no acostamento e fui, obviamente socorrer a colega, nisso vejo uma caçamba da prefeitura demolir minha bicicleta, repito, preta de cestinhas, por fim voltamos de caçamba, chegando na prefeitura, fui direto ao gabinete de Vossa Excelência Sr. Prefeito reivindicar uma bicicleta nova(preta de cestinhas), recebi um cheque que foi gasto de bar em bar de mesa em mesa e estou até hoje, para comprar uma bicicleta nova preta de cestinhas.... Aos 19 anos, acabei indo para Florianópolis(tinha que ser p lá) com uma amiga, queria fazer o que eu gostava: jogar futebol e ficar com mulheres.Depois (mais precisamente 8 meses) esta minha amiga me flagra aos malhos com uma menina numa boate gay, e assim me convida a deixar o apto dela, mais tarde fui descobrir que o nome disso é preconceito......Antes disso consegui o telefone de uma técnica, marquei com ela e apareci num treino, chegando lá, de cara, achei uma menina no mínimo interessante, mas, logo vim saber que a mesma tinha namorada, e que a namorada dela viria a ser minha melhor amiga, e é até hoje......No bate papo com a tal técnica, perguntei quanto eu ia ganhar para jogar, hahahahahaha, foi o que ouvi dela, assim compreendi que o futebol feminino não é valorizado, mas eu queria jogar mesmo assim, e os campeonatos sem patrocínio(quase todos) nós atletas bancávamos do nosso bolso, hoje entendo que aquilo era Paixão pelo esporte

Um comentário:

Kk De Paula disse...

E que Paixão, hein Tocha!
Adorava te ver nas quadras, tua corrida barulhenta pela lateral, teus chutes singulares, teus gols inimagináveis.
Fora da quadra, teu humor criança, tua alegria nos fazia melhores, tua músicas, o Hino do Clube, inesquecível Tocha.
Saudade de tudo que me foi proporcionado por ti: te admirando nas quadras; me divertindo com tuas deliciosas brincadeiras nos alojamentos e nos passeios.
Singular mulher, singular jogadora, plural amiga.
Saudade de te ver jogando, saudade de dividir contigo um espaço de alojamento. Valeu a tua paixão, ao menos tens uma fã, Eu.